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terça-feira, 30 de março de 2010

Isabella Oliveira!


De que serve a justiça se ela não nos pode trazer vitimas de volta?

A menina Isabella , e sua mãe Ana Carolina Oliveira, receberam a justiça, mas como disse sua mãe após o veredicto,” ficou um vazio”.

Mas a justiça vem para cumprir um papel.

Neste caso, ela veio punir o pai e a madrasta de Isabella.

Um crime que mexeu com toda família brasileira.

Choramos com Ana Carolina Oliveira, oramos e rezamos pela família.

E por que este crime mexeu com todos nós?

Por que foi um crime cometido contra a família. Aquele que pensamos está para proteger os filhos, não cuida, mata! Ai nos damos conta de quão delicada e frágil algumas famílias se encontram. Nos assusta!

O crime foi cometido pelo próprio pai da menina, Alexandre Nardoni em conivência com sua esposa, também chamada de Ana Carolina, mas esta é a Jatobá.

Todo brasileiro esteve atento a este julgamento e ansioso por um veredicto final – culpados.

E realmente ouvimos - culpados – e sentimos um alivio de ver que o Promotor Público Francisco Cembranelli conduziu as sessões do julgamento com calma, sabedoria e muita pesquisa, baseado nos laudos periciais.

Não existiram chances para o casal Nardoni.

Mas o que na verdade quisemos ouvir – uma confissão que não existiu e todas as provas periciais e técnicas diziam que o casal Nardoni esteve naquele apartamento.

Mas o que nos chama a atenção neste caso foi a mobilização de todo ser humano.

Creio que se alguns se estivessem cara a cara com os Nardoni seriam capazes de lhes dar uma boa surra.

Eu pessoalmente quando pensei em escrever este artigo quis retirar do sobrenome de Isabella, o Nardoni, lhe conferindo apenas Isabella Oliveira.

Assisti a alguns programas semana passada onde pude ouvir advogados, juristas, jornalistas, psicólogos e psiquiatras. Os profissionais da minha área ressaltaram a frieza dos dois durante as sessões de julgamento. O próprio advogado de defesa acreditava que este caso já era um caso perdido devido à opinião pública.

Então pensei na infância de Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá. Eles não se tornaram pessoas malvadas naquele momento. Isso já vinha de muito tempo atrás.

Não posso dizer que foram pessoas que sofreram abusos na infância, mesmo por que a teoria diz que devolvemos ao mundo aquilo que aprendemos, mas tem casos como Michael Jackson que foi tão abusado em sua infância pelo autoritarismo paterno e deu a volta por cima, se tornando um ser humano brilhante. (leia artigo em meu blog Conjecturas sobre MJ).

O que posso pensar neste caso, quem sabe não foi falta de limite. Foram crianças extremamente mimadas. Tiveram tudo o que quiseram, não aprenderam a ouvir não pode!, Não faça isso! Não machuque o amiguinho! Não posso te dar! NÃO!

Por que será que hoje alguns pais ainda tem a dificuldade de dizer não a seus filhos?

Não teria sido o mesmo motivo do crime cometido contra Eloá? Quando ela disse não ao namorado Lindemberg, ele se viu no direito de trancafiá-la num apartamento por 100 horas e quando viu que a perderia ou que estava perdendo, a matou?

Se pais não conseguem dizer não, será muito pior ouvir não da policia, e em casos piores receber o ódio e a raiva da opinião pública.

Hoje a família Nardoni e Jatobá vem sofrendo humilhações. Me parece que a vida para eles acabou! Não terão mais liberdade de sair e se expor, todos os olharão.

Mas a reflexão de hoje não será apenas para essas famílias que vem sofrendo. Fazendo bem ou mal a seus filhos, são seus filhos e eles sofrem.

A Sociedade deveria dar um tempo para que eles em seu momento de reclusão pensem e reflitam. Por que creio numa hora dessas a pergunta que não deve calar é: “Onde foi que eu errei?”

A reflexão, portanto se estende a todo qualquer cidadão neste mundo, para que se auto- avaliem enquanto seres humanos. Re avaliem suas atitudes. Seja ela com sua família, em seu trabalho ou na relação com amigos e até mesmo nas relações informais.

Como você costuma agir num momento de raiva? De ira? Atitudes impensadas tem conseqüências e algumas delas poderá ser para o resto da vida!

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domingo, 14 de março de 2010

TRADIÇÃO FAMILIAR


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Do dicionário –
Tradição: ato de transmitir ou entregar. Transmissão oral de lendas, fatos, etc., de idade em idade, geração em geração. Transmissão de valores espirituais através de gerações.
O que aprendemos como aprendemos e como transmitimos as tradições de nossos antepassados as nossas crianças, o futuro?
Aliás, qual seria a importância de uma tradição?
Todos nós seres vivos precisamos de uma referência para existir. Observando os nossos genitores e histórias e estórias que nos contam é que vamos somando e construindo nossos valores.
Sempre temos em nossa história familiar uma receita de família, o porquê e como se fazem as coisas, o como se cuida de um bebe, quais o chás são bons quando temos uma dor ou um mal estar. O respeito ao próximo. Tudo isso vem de nossas tradições. E é tão bom, por que nos dá segurança, sabemos onde buscar nossos recursos de sobrevivência. Cada família tem seu próprio jeito, sua própria cultura, mas com apenas um objetivo: cuidar.
Por muito tempo penso que a tradição funcionou para preservação da espécie.
Onde foi que tudo se perdeu?
Hoje vemos jovens ou até mesmo crianças envolvidos no crime. Não existem valores e nem regras.
Me questiono: que história e estória essas crianças ouviram? Que regras lhe foram ensinadas?
Estes dias peguei uma reportagem no noticiário já em andamento, mas a cena que vi era: duas mães choravam. Uma por ter perdido sua filha, a outra por que o filho havia cometido o crime. E esta mãe pedia perdão e sim ela a perdoou, mas disse “não sei se consigo perdoar seu filho”. O mais emocionante foi quando a mãe que havia perdido sua filha se depara com o garoto que havia cometido o crime.
Esta mãe pergunta: “Por quê? Por que você a tirou de mim, da minha família e dos amigos? Por que você fez isso comigo?”
A resposta: um palavrão!
Por um momento tentei me imaginar como uma assassina e me imaginei um bicho, que não sente, não tem compromisso, não sei o que é a palavra não e não tenho o significado registrado de frustração, e como conseqüência, muito egoísta precisando tirar alguém do meu caminho ou alguém que está em meu caminho me interrompendo de alcançar um objetivo.
Mas para minha realidade isso não funciona, é cruel demais interromper a vida de alguém pra conseguir algo que quero.
Então onde essas famílias estão se perdendo?
Hoje em dia corremos o risco de sair de casa e não voltar mais!
E a passagem de Coríntios 13 me vem à cabeça assim como cantado por Renato Russo:
“É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanha...”
Então para este tema me ficam vários questionamentos:
Será que hoje algumas famílias não valorizam mais as suas tradições?
O “não” perdeu sua importância?
E as conversas familiares onde se lembram do passado resgatando os valores, histórias e estórias? Onde foram parar estes momentos?
As reuniões familiares, as fotos em grupo, dias festivos?
Será que os dias foram ficando apenas ocupados com o trabalho? Será que abriram mão de momentos tão importantes na valorização de nossas crianças? E ai para compensar ao menor sinal de um pedido não existe o limite, não existe o não, para compensar sua ausência?
Aí então se consegue entender o porquê hoje vemos tantas crianças e jovens frustrados e para compensar esse vazio, vandalizam e correm atrás de um desejo que não se satisfaz como a falta de um abraço, um carinho familiar, os momentos juntos.
A história que nos é passada, a estória que nos é contada, onde aprendemos regras e valores, e também aprendemos a sonhar e que para conseguir o que se quer, tem um preço, nossas atitudes têm conseqüência.
Não jogue suas tradições no lixo, elas são de uma riqueza e preciosidade sem tamanho e com certeza um dia falarão alto e vão fazer a diferença.