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sábado, 23 de abril de 2011

Birra

Crianças chorando em mercados, todo mundo olhando, como se isso nunca tivesse acontecido na vida deles!
Choram sem motivo, esperneiam, gritam, fazem uma cena!
Bom, antes de assumirem que eles choram sem motivo, pense: seria fome, cansaço, dor?
Se não for o caso, é birra!
Qual a fase? Essa pergunta é dificil, por que tem adulto que também tem crisinha! ;)
Mas o normal é ver em crianças entre 1 ano e meio a 3 /5 anos.
 Lembro a voces que esse comportamento se inicia numa fase chamada Fase Oral. Onde a criança conhece o mundo pela boca, portanto a necessidade de se usar gritos e choros é normal. A criança alivia suas angústias e anisedades através da boca. 
Saindo da Fase Oral a criança entra na Fase Anal, que vai de 2 a 3 anos, onde ela será ensinada no controle dos esfincteres, onde aprenderá a lidar com regras e limites.
Conforme ela vai ganhando conhecimento e entendimento, ela aprende que chorar pode ser usado em seu benefício -  a isso nós adultos chamamos birra.
Se os pais por certa inabilidade em lidar com a situação mantiverem esse comportamento, numa emergencia atendem ao pedido da  criança, ou melhor ao choro, para justamente aliviar a tensão ou stress do momento, aí o problema se instala.
O que fazer neste momento?
Mantenham a calma, lembre-se isto é normal! Voce tem o controle da situação.
Não fique ansioso ou irritado neste momento, crianças tem um radar e vão captar isto, e elas também sem saber lidar com a situação, vão incorporar esta ansiedade, angústia.
Ignorem o choro, não deem importancia a ele, mas mostrem-se presentes a criança. As vezes por certa angústia ou ansiedade, elas precisam neste momento ser acalentadas, deem colo, tentem distrai-las, abracem seus filhos.
Não bater! Isso é importante! Isso pode incendiar muito mais a birra! Aumentar a angústia e a ansiedade e não vai resolver o problema.
Converse com a criança. Sim, ela vai entender. Não se mostre agressivo e nem com raiva, converse tranquilamente, num tom de voz baixo, mostrando que este comportamento não será aceitável.
Não espere que com uma primeira conversa a criança  irá entender e parar com a birra, para isso seja paciente e continue falando e se mostrando amoroso para com seu filho. Vai levar um tempo até ela amadurecer este comportamento.
Encontrei pela net alguns artigos interessantes, caso queiram ler mais sobre o assunto:
Este artigo acima traz uma lista com 10 passos para lidar com a birra. Muito interessante!

domingo, 27 de março de 2011

limites demais


          Outro dia quando estava no onibus, me sentei ao lado de uma garota muito jovem que pensei deveria ter uns 16 anos. Logo chegou uma outra que sentou-se em nossa frente, aparentava ter uns 18 anos já com uma filha de 2 anos. As duas se conheciam e iniciaram um diálogo.
Eu não estava prestando atenção, o que me chamou atenção foi quando a mais nova que eu achava que tinha 16 anos, ja tinha 19 e não morava mais em casa.
Já é independente, trabalha e divide apartamento com uma amiga e acrescentou não "converso com minha familia."
Ai fui ficando mais interessada, não me manifestei, me sentei como se estivesse assistindo a um filme. Achei a menina de 19 anos muito corajosa, mas não tenho idéia do que ela ja deve ter passado na vida. Hoje ela parece estar bem, trabalha, cuida de suas coisas, é dona de seu nariz, e como ela mesmo disse "não tenho que dar satisfação pra ninguém"! "Saio pra onde quero e volto a hora que quero."
Mas meus pensamentos na hora se voltaram a limites. Muito se discute sobre a falta dele, o como se deve cuidar dos filhos, amá-los mas também o quanto se deve respeitá-los.
O que pouco se fala é sobre o excesso de limites. Uma inabilidade por parte dos pais ou de quem cuida, não dando a liberdade que o filho necessita para se desenvolver como adulto saudável.
O que pude ouvir da conversa das meninas, é que a mãe dela não a deixava  ir até a esquina, padaria, mercado sozinha, sempre tinha que estar acompanhada do irmão. Ela nunca pode sair sozinha. Sempre muito vigiada.
Excesso de limites podem ir aos extremos no comportamento de quem está se desenvolvendo.
Ou surgem as revoltas ou vão para o oposto, causando insegurança, medo de crescer e a pessoa pode ir se apagando sem arriscar muitas coisas pela vida. Ficam inábeis. Não sabem se defender de um perigo real.
Retornando a garota de 19 anos, ela pelo visto está vencendo seu dia-a-dia, mas e as mágoas e ressentimentos que ela está levando pra sua vida? Isso com certeza um dia ainda vão lhe trazer sintomas.
Ela era enfática quando dizia "não sinto falta de minha familia e nem quero ve-los na frente."
Mas não penso que seja bem assim. Ela é humana, tem sentimentos. O que ela vive hoje são consequencias de sua infancia e inicio de sua adolescencia com vivencias provavelmente duras e muito vigiadas. Lembro que ela comentou, que ela esperou alguns dias antes de completar 19 anos para sair de casa. Até fantasio de que ela deve ter colocado em sua cabeça, que só seria maior de idade, após sair dos seus 18 anos.
Sua colega perguntou, como foi sair de casa, se ela havia saido escondida? E ela tranquilamente disse que não, ela foi pro quarto arrumou suas coisas e a mãe viu, questionou e ela simplesmente comunicou "estou saindo de casa", e sua mãe entrou em panico, se preocupou mas ela já estava decidida com seus planos e projetos prontos. E provavelmente com muita raiva, mágoas e foram estes os sentimentos que a impulsionaram.
Imagino, ela já devia  estar com tudo pronto, lugar, trabalho...Planos que devem ter sido elaborados com cuidado para que nada saisse de seu controle, afinal foi isso que ela aprendeu, controle demais. E filhos tem a tendencia a aprimorar sintomas e comportamentos mostrados em familia.
Quanta coisa poderia ter sido evitada para a vida desta garota. Hoje ela parece estar bem. Penso até que por parecer  tão forte, ela será alguém que vai se dar bem na vida - profissional! A vida pessoal dela, está morta, foi anulada, ela brigou com sua própria história e isto trará consequencias para o seu futuro.
Penso também nesta mãe, aflita sem noticias dessa filha há um bom tempo. A mãe não sabe onde ela mora, nem tem seu telefone.
Consequencias de relações mal estruturadas.
Tudo que é demais traz consequencias não muito boas. Os dois lados saem perdendo. A mãe perdeu a filha não sei por quanto tempo, e ela interrompeu ainda muito jovem parte de sua adolescencia, assumindo responsabilidades  demais e o mais pesado disso, é a falta da relação familiar, somado a isso mágoas, sentimentos negativos.
Lembro de minha adolescencia onde meu pai era assim com todos nós aqui de casa, mas chegou um tempo, ele nos chamou e disse que ele entendia que se nos segurasse demais um dia iamos escapar. E simbolizou esse momento assim: "imaginem que eu tenho terra em minha mão e aperto, uma hora a terra escapará entre meus  dedos, assim vai ser com voces, quanto mais eu os segurar, voces vão encontrar um jeito de escapar. A educação está dada, e qualquer coisa estamos aqui por voces."
Nunca me esqueci disso! E Me senti muito bem! E ai comecei a me cuidar mais.
Uma das aulas do Dr. Ivan Capelatto também completam este pensamento, se este filho é amado bem cuidado, recebe limites, e quando uma hora se rebela infringindo a lei ,por exemplo - hoje voce nao vai sair - e ele sai assim mesmo - ai é que ele se cuida mais, por que vai sentir culpa e vai querer voltar pra casa, por que ele está ligado pelo amor.
Imagino que esta jovem hoje onde quer que ela esteja, quando saiu carregou um peso em suas costas. A consequencia da revolta, pois ai ela já não considera o amor - só a raiva e são estes sentimentos tão pesados que a estão impulsinando para vida! Fantasio até que um dia suas carencias afetivas vão encontrar um marido, e este será dominador.
E imagino que se voce é pai ou mãe e está lendo isto e quer dar o melhor para seu filho, ame, cuide, lembre-se que um dia voce também foi jovem. A personalidade  é desenvolvida até os 6 anos. Dai pra frente, ele precisa de cuidados, contiuar mostrando o certo e o errado, mas não proibir de sair, de dar independencia, deve-se falar de perigos sim, por que quando longe de voces pais, eles estarão em treinamento para sua vida adulta, precisam aprender a se defender dos problemas que encontrão, mas nunca de voces.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Ah se existissem mais Pais como o Raul...

Me refiro ao personagem Raul da novela Insensato Coração interpretado por Antonio Fagundes.
A cena da novela da Rede Globo que foi ao ar dia 16 de março, mostra um pai que percebe e desconfia do filho e investiga e vai atrás até descobrir que ele está envolvido em coisas ilicitas. Na cena , ele descobre onde o filho está e acaba sendo vitima e assiste ao filho ser espancado. A cena foi muito forte, mas me levou a pensar na característica desse pai.
Será que hoje ainda existem Pais, que dão limites aos filhos? Principalmente quando estes sentem ou percebem que o filho não está "andando na linha"?
Se não existem, deveriam!
Só os pais podem recuperar seus filhos, através de amor e principalmente limites!
A figura paterna aos meninos são referencia de extrema importancia. Ela constrói o caráter, da uma boa formação, da segurança, estabilidade para o futuro, formam homens.
Muitas vezes os pais deixam de dar os limites, me refiro ao pai, pois são mais ausentes, estão envolvidos com trabalho e compromissos, suas responsabilidades delegando tudo as mães e para compensar fecham os olhos, mimam, atendem aos pedidos ou são realmente o oposto e deixam o que realmente interessa para quem sabe "outro dia", "amanhã eu resolvo".
Se tivessemos mais Pais assim talvez tivessemos mais Paz, não teriamos "Alexandres" jogando filho (a) pela janela, não teriamos, "Lindembergs" invadindo casa de ex namorada inconformados com o fim do namoro.
Pais devem mostrar que frustração faz parte da vida, pra depois quando chegar a fase adulta, não precisem matar, roubar, usar drogas...que esses filhos ainda possam aprender a "ser" do que "ter".
Não sabemos toda a estória de Leo (Gabriel Braga Nunes), filho de Raul. Sabemos que ele tem uma mãe,  Wanda ( Natália do Valle) que fecha os olhos. Não sabemos a estória dessa familia. Portanto não se pode tirar conclusões. Mas espero que o autor dessa novela, realmente  ajude o personagem Leo a crescer e a ceder ao amor do pai.
A teoria diria isso.O amor e a persistencia desse pai alcançariam o filho.
Encerro citando uma frase que uma vez recebi por e-mail e não sei quem é o autor:
“Todo mundo pensa em deixar um planeta melhor para os filhos.... Quando é que se pensará em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"

terça-feira, 30 de março de 2010

Isabella Oliveira!


De que serve a justiça se ela não nos pode trazer vitimas de volta?

A menina Isabella , e sua mãe Ana Carolina Oliveira, receberam a justiça, mas como disse sua mãe após o veredicto,” ficou um vazio”.

Mas a justiça vem para cumprir um papel.

Neste caso, ela veio punir o pai e a madrasta de Isabella.

Um crime que mexeu com toda família brasileira.

Choramos com Ana Carolina Oliveira, oramos e rezamos pela família.

E por que este crime mexeu com todos nós?

Por que foi um crime cometido contra a família. Aquele que pensamos está para proteger os filhos, não cuida, mata! Ai nos damos conta de quão delicada e frágil algumas famílias se encontram. Nos assusta!

O crime foi cometido pelo próprio pai da menina, Alexandre Nardoni em conivência com sua esposa, também chamada de Ana Carolina, mas esta é a Jatobá.

Todo brasileiro esteve atento a este julgamento e ansioso por um veredicto final – culpados.

E realmente ouvimos - culpados – e sentimos um alivio de ver que o Promotor Público Francisco Cembranelli conduziu as sessões do julgamento com calma, sabedoria e muita pesquisa, baseado nos laudos periciais.

Não existiram chances para o casal Nardoni.

Mas o que na verdade quisemos ouvir – uma confissão que não existiu e todas as provas periciais e técnicas diziam que o casal Nardoni esteve naquele apartamento.

Mas o que nos chama a atenção neste caso foi a mobilização de todo ser humano.

Creio que se alguns se estivessem cara a cara com os Nardoni seriam capazes de lhes dar uma boa surra.

Eu pessoalmente quando pensei em escrever este artigo quis retirar do sobrenome de Isabella, o Nardoni, lhe conferindo apenas Isabella Oliveira.

Assisti a alguns programas semana passada onde pude ouvir advogados, juristas, jornalistas, psicólogos e psiquiatras. Os profissionais da minha área ressaltaram a frieza dos dois durante as sessões de julgamento. O próprio advogado de defesa acreditava que este caso já era um caso perdido devido à opinião pública.

Então pensei na infância de Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá. Eles não se tornaram pessoas malvadas naquele momento. Isso já vinha de muito tempo atrás.

Não posso dizer que foram pessoas que sofreram abusos na infância, mesmo por que a teoria diz que devolvemos ao mundo aquilo que aprendemos, mas tem casos como Michael Jackson que foi tão abusado em sua infância pelo autoritarismo paterno e deu a volta por cima, se tornando um ser humano brilhante. (leia artigo em meu blog Conjecturas sobre MJ).

O que posso pensar neste caso, quem sabe não foi falta de limite. Foram crianças extremamente mimadas. Tiveram tudo o que quiseram, não aprenderam a ouvir não pode!, Não faça isso! Não machuque o amiguinho! Não posso te dar! NÃO!

Por que será que hoje alguns pais ainda tem a dificuldade de dizer não a seus filhos?

Não teria sido o mesmo motivo do crime cometido contra Eloá? Quando ela disse não ao namorado Lindemberg, ele se viu no direito de trancafiá-la num apartamento por 100 horas e quando viu que a perderia ou que estava perdendo, a matou?

Se pais não conseguem dizer não, será muito pior ouvir não da policia, e em casos piores receber o ódio e a raiva da opinião pública.

Hoje a família Nardoni e Jatobá vem sofrendo humilhações. Me parece que a vida para eles acabou! Não terão mais liberdade de sair e se expor, todos os olharão.

Mas a reflexão de hoje não será apenas para essas famílias que vem sofrendo. Fazendo bem ou mal a seus filhos, são seus filhos e eles sofrem.

A Sociedade deveria dar um tempo para que eles em seu momento de reclusão pensem e reflitam. Por que creio numa hora dessas a pergunta que não deve calar é: “Onde foi que eu errei?”

A reflexão, portanto se estende a todo qualquer cidadão neste mundo, para que se auto- avaliem enquanto seres humanos. Re avaliem suas atitudes. Seja ela com sua família, em seu trabalho ou na relação com amigos e até mesmo nas relações informais.

Como você costuma agir num momento de raiva? De ira? Atitudes impensadas tem conseqüências e algumas delas poderá ser para o resto da vida!

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